Instabilidade, disrupções, inovações, mudanças de comportamento. Tempos voláteis e incertos exigem respostas rápidas. Por isso, ganhar agilidade para fortalecer a resiliência é a prioridade número um na agenda das organizações.
A ela, somam-se a atração e retenção de talentos, o ganho em eficiência, o estímulo a lideranças inspiradoras e outras. É o que mostra a pesquisa OrgBRTrends: as 10 macrotendências que estão moldando as organizações brasileiras, recém-lançada pela McKinsey.
Foram entrevistadas mais de 350 lideranças em 14 indústrias para identificar as principais mudanças organizacionais em curso e como executivos podem agir. Nossa pesquisa complementa um panorama global que entrevistou mais de 2.500 líderes.
A seguir, o ranking de tendências por ordem de prioridade segundo as lideranças entrevistadas. São temas estratégicos para as empresas brasileiras terem em suas agendas, além de insights para manterem-se firmes e garantirem sucesso nos próximos anos.
Instabilidade, disrupções, inovações. Tempos voláteis e incertos exigem respostas rápidas, por isso, ganhar agilidade e fortalecer a resiliência é a prioridade número um na agenda das organizações. A ela, somam-se a atração e retenção de talentos, o ganho em eficiência, o estímulo a lideranças inspiradoras e outras. É o que mostra a pesquisa OrgBRTrends: as 10 macrotendências que estão moldando as organizações brasileiras, recém-lançada pela McKinsey.
Foram entrevistadas mais de 350 lideranças em 14 indústrias para identificar as principais mudanças organizacionais em curso, os desafios embutidos e como tais líderes podem agir. Aqueles que conseguem extrair o máximo de valor de suas organizações hoje podem se tornar os campeões de desempenho de amanhã.
A seguir, o ranking de tendências por ordem de prioridade segundo as lideranças entrevistadas. São temas estratégicos para as empresas brasileiras terem em suas agendas, além de insights para manterem-se firmes e garantirem sucesso nos próximos anos.
A TENDÊNCIA: em tempos de volatilidade, o aumento da velocidade nas decisões e o fortalecimento da resiliência mostram-se vitais. No Brasil, 98% dos respondentes acreditam que a resiliência continuará sendo tão ou mais importante nos próximos anos do que já é atualmente, mas apenas 32% afirmam que sua organização está preparada para reagir rapidamente a choques e crises.
O PRÓXIMO PASSO: empresas capazes de superar as situações de crise têm vantagens significativas. Para tanto, é necessário desenvolver uma cultura de aprendizado contínuo e organizar-se para obter rapidez de resposta e autonomia dos colaboradores. E isso dá resultado: dados da McKinsey mostram que, na recuperação econômica entre 2020 e 2021, empresas que se adaptaram às mudanças geraram um retorno total aos acionistas 50% maior do que aquelas menos resilientes.
1. Bǿrge Brende e Bob Sternfels, “Resilience for sustainable, inclusive growth”, McKinsey, 7 de Junho, 2022
A TENDÊNCIA: em tempos em que os colaboradores estão reavaliando suas expectativas em relação ao trabalho, a lei da atração e da retenção de talentos pede novas regras. Lideranças nacionais indicam que o desenvolvimento de carreira, os benefícios e o propósito são essenciais, mas precisam caminhar juntos. Ou seja, é necessária uma combinação de todos esses fatores.
O PRÓXIMO PASSO: no Brasil, um terço dos trabalhadores planeja deixar suas organizações no período de um ano, e a maioria dos empregadores enfrenta desafios ao tentar reengajar esses talentos ou atrair novos. As empresas devem considerar responder a esse desafio adaptando sua proposta de valor às preferências emergentes para diminuir o gap entre o que colaboradores desejam hoje e o que a empresa necessita. Também é preciso investir em planos de carreira e desenvolvimento.
A TENDÊNCIA: dado o contexto de incerteza, a hora é de renovar a perspectiva de eficiência, característica cada vez mais em foco nas empresas. Mais de um terço dos líderes considera a eficiência uma prioridade. No sentido contrário, 51% dos respondentes apontam a resistência à mudança como a principal causa de ineficiência.
O PRÓXIMO PASSO: impulsionar a eficiência é mais do que obter os mesmos resultados com menos recursos ou gerenciar crises. A alocação de recursos de forma mais eficiente promete gerar benefícios como melhor saúde organizacional, maiores retornos aos acionistas e tomada de decisões mais rápidas e precisas.
1. Survey Global “The State of Organizations”, Maio-Junho 2022, n = 2566
A TENDÊNCIA: é preciso implementar uma nova agenda para a cultura organizacional que seja alinhada à estratégia das empresas. Apenas 4% dos líderes afirmam que esse alinhamento existe.
O PRÓXIMO PASSO: o desafio crítico, segundo 60% das lideranças brasileiras, é ter processos de governança que se traduzam em ações claras, padronizadas e visíveis. Colaboração, valores e normas também são dimensões que exigem melhoria da cultura organizacional. E, considerando que a cultura é diretamente correlacionada ao desempenho, existem muitos benefícios em fazer o certo: empresas com culturas saudáveis no quartil superior oferecem retorno total aos acionistas 3 vezes maior do que as do quartil inferior segundo dados da McKinsey.
A TENDÊNCIA: sim, líderes têm de inspirar. Apenas 25% dos respondentes, porém, afirmam que as lideranças da sua organização inspiram as pessoas à volta. Talvez esses líderes estejam muito focados nas respostas rápidas a crises atualmente, mas também é vital que pensem a longo prazo e cultivem comportamentos adequados ao propósito da empresa.
O PRÓXIMO PASSO: gestores precisam ser capazes de liderar a si mesmos, bem como conduzir uma equipe e em escala – é preciso coordenar e inspirar redes de colaboradores. Isso requer que as lideranças criem uma clara consciência tanto de si quanto do ambiente operacional ao redor.
A TENDÊNCIA: empresas costumam desenvolver suas estratégias sem necessariamente ter as capacidades certas em vigor para executá-las. Apenas 3% dos líderes indicam que suas organizações possuem as capacidades adequadas.
O PRÓXIMO PASSO: para obter uma vantagem competitiva, é preciso desenvolver capacidades que permitam que a companhia tenha consistência e entregas melhores do que os competidores. Isso significa eliminar as lacunas nesse campo, que geralmente são resultado de recursos e comprometimento insuficientes. É importante a estruturação de um modelo organizacional compatível com a cultura de capacitação contínua e o equílibrio das novas contratações, juntamente com a requalificação e o treinamento dos funcionários.
1. Survey Global “The State of Organizations”, Maio-Junho 2022, n = 2566
A TENDÊNCIA: dada a incerteza econômica e a competição por talentos, as organizações precisam equilibrar a proteção do negócio no curto prazo e sua configuração para o sucesso no longo prazo.
O PRÓXIMO PASSO: as empresas têm de se concentrar em alocar os melhores talentos em funções de maior valor, mas cerca de metade dos respondentes não tem clareza dos papéis que geram mais retornos. O impacto de um mapeamento bem executado pode ser estrondoso: dados da McKinsey mostram que profissionais de alta performance numa função podem ser 800% mais produtivos do que aqueles de performance mediana no mesmo papel.
1. Bǿrge Brende e Bob Sternfels, “Resilience for sustainable, inclusive growth”, McKinsey, 7 de Junho, 2022
A TENDÊNCIA: 70% dos líderes acreditam que o investimento em digitalização vai aumentar nos próximos anos. Empresas já estão usando IA para criar pipelines sustentáveis e de longo prazo, fazer mudanças estruturais mais rápidas e, assim, melhorar os processos de trabalho.
O PRÓXIMO PASSO: conforme aumenta a adesão, as organizações devem focar em incorporá-las à cultura corporativa e contratar (ou desenvolver) líderes com conhecimento sobre o tema. No Brasil, apenas 14% das lideranças consideram que suas organizações possuem alto grau de aproveitamento da digitalização e da IA, e o avanço neste aspecto ajuda as organizações a tornarem-se mais eficientes (maiores retornos de resultados) e resilientes (tomada de decisões rápida e precisa).
A TENDÊNCIA: desde a pandemia, mais de 90% das organizações adotaram uma variedade de modelos híbridos de trabalho. Hoje, mais de 50% dos respondentes acreditam que a incorporação dos modelos híbridos vai aumentar
O PRÓXIMO PASSO: nessa conjuntura, as organizações têm de prover estrutura e suporte, além de manterem-se abertas às opções de trabalho flexíveis. É bem-vinda, se for o caso, uma redefinição das formas de acompanhamento de desempenho.
A TENDÊNCIA: diversas empresas estão comprometidas com a diversidade, equidade e inclusão. Em muitos casos, no entanto, as iniciativas não estão se convertendo em progresso significativo. Embora 43% dos líderes avaliem suas companhias como altamente diversas, ainda não atingiram altos níveis de diversidade em cargos de liderança.
O PRÓXIMO PASSO: as lideranças devem ser pragmáticas ao considerar os objetivos e o nível de impacto desejado de seus programas. Assim, poderão levantar recursos necessários e criar mecanismos internos que facilitem o crescimento e o desenvolvimento de todos.